Estudos para Ampliar o Calado do Porto de Santos são Apresentados na Codesp

Publicado em 01.ago.2018 - 17:38

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) promoveu a apresentação das conclusões dos estudos iniciais para implantação do chamado calado dinâmico pela Autoridade Portuária do Porto de Santos, que estima a possibilidade de um ganho médio de até 30 centímetros sobre o atual calado máximo de 13,50 metros na baixa-mar e de 14,50 metros na preamar, recém-promulgado para o canal santista.

Trata-se de mais uma inciativa do Porto de Santos que trará ganhos econômicos  significativos para todos. O diretor-presidente da Codesp, José Alex Oliva, presente à apresentação, classificou o projeto como uma forma técnica e científica de se ampliar o calado máximo garantindo maior segurança, mais agilidade  no uso do canal de navegação e ganhos significativos para todos.

Os estudos foram apresentados pelo representante no Brasil da empresa australiana  OMC  International, Sérgio Luiz Jordão, da DefenSea Consultoria.  O trabalho trata, de forma preliminar, da implantação do sistema de calado DUKCÒ (Dynamic Under Keel Clearance) que irá assegurar que todas as embarcações, mesmo sob condições meteorológicas e oceanográficas muito severas e adversas, irão sempre manter uma distância segura entre a quilha e o fundo do canal.

Com a utilização do DUKCÒ, a folga sob a quilha é calculada considerando-se uma série de variáveis, tais como tipo de navio, velocidade, condições meteorológicas (marés, ventos, correntes e ondas), salinidade, afundamento pela velocidade e o próprio trajeto da embarcação no canal que provoca seu adernamento, como, por exemplo, durante as guinadas da embarcação. Todas essas informações mais os dados de batimetria e características do canal são processados em tempo real, gerando um modelo que permite apresentar qual o calado máximo praticado em cada situação, considerando de fato o deslocamento vertical do navio em movimento, o que promove o aumento da eficiência sem comprometer a  segurança da navegação.

Jordão garante que o DUKCÒ é a ferramenta mais adequada para se mitigar os riscos de se operar com um calado maior. “A empresa já implantou 26 sistemas DUKCÒ desde 1993, com mais de 160 mil travessias de navios sem o registro de um único incidente ou encalhe”, informou.

Atualmente, portos relevantes no comércio marítimo mundial como Lisboa, Montreal, Port Hedland, Fremantle, Newcastle e Melbourne, dentre outros, já utilizam a ferramenta.

O uso dessa tecnologia, além de ampliar a segurança da navegação, traz benefícios econômicos, pois permite otimizar a capacidade de carregamento nos navios,  reduz a sobrestada das embarcações no porto, promove uma dragagem inteligente, reduzindo seu volume, e  maximiza a operação no canal a partir do incremento das janelas de entradas e saídas.

A iniciativa de implantação do sistema surgiu a partir de um convite feito pelo presidente da Docas para que a OMC avaliasse sua implementação.  A empresa concordou e os estudos iniciais foram desenvolvidos sem ônus para a Codesp.

Para viabilizar a implantação do sistema, a Codesp está adquirindo sensores meteorológicos e oceanográficos  com recursos próprios dentro do orçamento para instalação do VTMIS  (Vessel Traffic Management and Information System).  Além desses sensores, será necessária, numa fase inicial de validação de dados, a instalação de equipamentos a bordo de navios durante as manobras de entrada e saída do canal.

Para o uso definitivo do sistema será ainda necessária a realização de um período de testes, que envolverá a validação e aprovação pela Marinha do Brasil.

A apresentação dos estudos ocorreu na tarde de terça-feira (31/07), no auditório da Codesp, com a participação de representantes de terminais, entidades de classe do segmento empresarial, autoridade marítima e técnicos da Codesp.


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