O Porto de Santos está localizado estrategicamente, a 70 km do maior centro produtor e consumidor da América Latina, São Paulo, e se conecta a uma ampla rede de infraestrutura de transportes que viabiliza a movimentação anual de milhões de toneladas de bens e mercadorias (em 2019 foram 134 milhões de toneladas).
Sistema rodoviário de acesso ao Porto:
Sistemas ferroviários de acesso ao Porto:
O modal ferroviário responde por aproximadamente 30% do transporte das cargas movimentadas no Porto de Santos. A cada ano, essa participação vem aumentando progressivamente, a partir da unificação de procedimentos operacionais e de melhorias no atendimento aos clientes.
Dentro do Porto Organizado, a modernização, ampliação e manutenção da infraestrutura viária, da infraestrutura ferroviária, do acesso aquaviário e das demais instalações públicas cabem à SPA. A Companhia pode executar esses investimentos de forma direta, financiados com recursos próprios ou aportes do Tesouro, ou de forma indireta, por meio de parcerias com a iniciativa privada. Com a conquista da sustentabilidade econômico-financeira, a SPA vem reduzindo a dependência de recursos públicos para a condução das grandes obras.
Já os investimentos em superestrutura – terminais, equipamentos para movimentação de cargas – são promovidos pela iniciativa privada por meio dos contratos de arrendamento e demais parcerias previstas no arcabouço legal do setor.
+ Acessos viários no Porto Organizado
Os acessos viários no Porto Organizado somam 20 quilômetros de extensão, formados basicamente pelas avenidas perimetrais nas Margens Direita e Esquerda e os arruamentos e vias internas. As intervenções continuamente realizadas pela SPA no sistema viário local propiciam agilidade no escoamento de cargas pelas vias do Porto. Com os investimentos programados para a expansão e revitalização das avenidas perimetrais portuárias, a SPA busca ampliar a capacidade de tráfego, garantindo fluxo ágil aos caminhoneiros e demais usuários do Porto e eliminando as interferências no trânsito municipal urbano.
Entre os novos projetos de infraestrutura viária, destacam-se:
Outra medida para evitar congestionamentos e aumentar a fluidez do tráfego é relacionada à utilização de sistema de agendamento de veículos, denominado Portolog, que gerencia a chegada de caminhões ao complexo portuário desde a origem, compatibilizando-a com a capacidade de recepção dos terminais.
+ Infraestrutura ferroviária no Porto Organizado
No modal ferroviário, a carga chega a Santos pelos ramais da MRS Logística, Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA) e Rumo Logística. A operação da malha interna do porto, por sua vez, fica a cargo da Portofer Transportes Ferroviários, que administra 100 quilômetros de trilhos dentro do Porto Organizado.
Uma das diretrizes do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Santos é a ampliação do modal ferroviário, por meio da:
Diversas intervenções serão realizadas na malha ferroviária interna para ampliar a capacidade de recebimento de cargas, tal como a revitalização da via permanente para recebimento de vagões maiores. Tais intervenções estão detalhadas no PDZ e representam mais de R$ 1,5 bilhão em investimentos.
+ Infraestrutura aquaviária
O canal do Porto de Santos é uma via aquaviária natural, que conta com 25 km de extensão, ao longo do qual foram construídos 16 km de cais. O canal permite a navegação de embarcações com até 340 metros de comprimento e calado máximo de 14,50 metros. Ao todo são 60 berços de atracação – número que pode variar em função das dimensões médias dos navios – permitindo o acesso a 53 terminais. O canal estende-se da Baía de Santos, próximo das áreas de fundeio, até a região do Píer da Alamoa, onde termina o trecho sob jurisdição da SPA e tem início o Canal de Piaçaguera, que permite o acesso aos terminais privados do Tiplam e da Usiminas. A gestão do canal é fundamental para garantir a eficiência das atividades portuárias. Abrange ações como: batimetrias e homologação das profundidades junto às autoridades competentes; monitoramento ambiental e remediação; atendimento a emergências; sinalização e balizamento; implantação de sistema de gerenciamento do tráfego de embarcações; e dragagem de manutenção e aprofundamento do canal, bacias de evolução e berços de atracação. A dragagem de manutenção é realizada no canal de acesso, nas bacias de evolução (onde as embarcações executam manobras de giro e aproximação), e nos berços de atracação (onde os navios aportam para realizar as operações).
+ Infraestrutura dutoviária
A Região Metropolitana da Baixada Santista é interligada por uma malha dutoviária utilizada para transporte de petróleo e seus derivados, que abrange os municípios de Santos, Cubatão e São Sebastião. Dentre outras atividades, este modal permite a transferência e recebimento de granéis líquidos, abastecimento de bunker (combustível marítimo), recebimento e expedição de produtos para terminais e refinaria, bem como envio de gás liquefeito de petróleo para empresas da região.
A malha é composta pelos seguintes sistemas:
+ Energia elétrica
O sistema elétrico operado pela SPA garante o fornecimento de energia para consumo da empresa e para suprimento aos arrendatários. A energia é prioritariamente proveniente da Usina Hidrelétrica de Itatinga, com capacidade de 15 MW, complementada em alta tensão pela concessionária local, Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) com mais 8,6 MW, distribuídos entre subestações espalhadas pelo Porto Organizado.
Projetada por Guilherme Benjamim Weinschenck, a Usina de Itatinga foi inaugurada em 1910. Está localizada a 30 km do Porto, no município de Bertioga, e garantiu, por décadas, o fornecimento de toda a energia elétrica consumida pelo complexo portuário. Representa, hoje, aproximadamente 85% da energia comercializada pela SPA.
+ Tratamento de água e esgoto
A SPA possui sistema próprio de captação, tratamento e disponibilização de água potável, além de sistema de coleta, tratamento e descarte de esgoto doméstico. A empresa utiliza também água de reuso em suas operações e monitora, por meio de exames laboratoriais, a qualidade e potabilidade da água comercializada, a qualidade da água de reuso e indicadores próprios do tratamento de efluentes. Estes serviços são fornecidos pela SPA a alguns arrendatários, conforme respectivos contratos, mediante a cobrança de tarifa específica.
Principais elementos do sistema de tratamento de água e esgoto: