Observadores avaliam simulado de acidente ambiental de Porto de Santos

Publicado em 12.jul.2017 - 10:47

Grupo aponta bom resultado e sugere melhorias

O Comitê do Plano de Área do Porto de Santos e Região (PAPS) reuniu-se ontem (10/07), no Centro de Treinamento da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), em Santos, para avaliar os resultados do simulado de atendimento a derramamento de óleo no estuário. O exercício ocorreu no  dia 21 de junho último na Embraport, terminal que fica na área continental  do Porto de Santos. Os avaliadores entenderam que o resultado, em uma escala de 1 a 5, obteve nota de 3,5 – considerado satisfatório, mas que exige melhorias.

“O exercício simulado do PAPS foi importante pela mobilização de todos os envolvidos: terminais portuários e outras empresas da região, órgãos ambientais e dos governos municipal e estadual”, explica Hilário Gurjão, diretor de Engenharia da Codesp, à qual são subordinadas as áreas de segurança e meio ambiente da Autoridade Portuária. Segundo o diretor, a prática em campo leva à melhoria do atendimento: “os pontos a serem melhorados vão dar mais confiança para a prevenção e mais eficiência ao combate de acidentes ambientais no Porto de Santos”, disse ele.

A reunião contou com a participação dos observadores, que responderam a quesitos com perguntas objetivas sobre o exercício, como organização e atividades (contenção e recolhimento do óleo, limpeza, atendimento a fauna, logística e saúde e segurança). Além das notas, os observadores também puderam comentar e dar sugestões sobre o evento e prevenção a acidentes com óleo.

De acordo com a avaliação, o acionamento foi eficiente. Os observadores entenderam, contudo, que pode haver melhoria na passagem de comando da emergência, da equipe do terminal sinistrado para o PAPS. No exercício simulado, as ações foram coordenadas pela Codesp, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), e também pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Capitania dos Portos, Embraport e Defesa Civil de Santos.

Uma das decisões tomadas na reunião foi a criação de grupo de trabalho para a elaboração de  procedimentos para cada ponto a ser melhorado, com treinamentos específicos ou, se necessário, revisão do Plano de Área em alguns de seus procedimentos.

A avaliação também concluiu que o tempo de quatro horas para o exercício foi insuficiente para executar tudo que está previsto no plano, como a desmobilização dos recursos, por exemplo. Esta condição vai ser debatida em novembro, quando haverá nova reunião do PAPS para elaboração do cronograma para 2018. Para o próximo ano, deverão ser realizados dois simulados de mesa (quando são testados os chamados e comunicação, mas sem mobilização de recursos). De acordo com o documento que rege o PAPS, os exercícios completos são bienais, com o próximo simulado completo previsto para ocorrer em 2019.

O simulado na Embraport

No dia 22 de junho o Plano de Área promoveu um exercício na Embraport, envolvendo a mobilização de pessoas e equipamentos ao local. O acidente fictício simulou o vazamento de 200 metros cúbicos de óleo no estuário do Porto de Santos, em uma área próxima a manguezais, após o choque de um navio contra o cais.

O primeiro combate foi feito pelo Plano de Emergência Individual (PEI) da Embraport, seguido do acionamento da Codesp, como Autoridade Portuária, depois das demais participantes do PAPS. As empresas foram convocadas a enviar seus recursos destinados ao combate do derramamento de óleo no mar. Assim, foi possível testar a comunicação de emergência, a mobilização de material e seus  formulários de controle de recebimento e utilização, bem como tempo de resposta.

As principais ações do combate foram o cercamento do navio atingido e áreas sensíveis do ambiente, como a proximidade dos mangues, com barreiras de contenção. Foi testado também o atendimento de emergência à fauna potencialmente atingida pelo derramamento de óleo. Uma equipe especializada na captura e tratamento de animais vítimas de acidentes ambientais participou da ação, com o uso de bonecos de aves e repteis.

O PAPS

O Plano de Área do Porto de Santos e Região (PAPS) é uma exigência prevista em lei. É formado pelas empresas do estuário da Baixada Santista, nos municípios de Cubatão, Guarujá e Santos, sob responsabilidade dos órgãos ambientais  Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), com participação Marinha do Brasil.  Ele é acionado quando o Plano de Emergência Individual (PEI) das empresas signatárias não conseguem combater o acidente com derramamento de óleo nas águas do estuário ou do mar, desde Canal de Piaçaguera, em Cubatão, até a Fortaleza da Barra.

O PAPS do Porto de Santos O PAPS foi assinado em 16 de dezembro de 2015, sendo o segundo do Brasil a ser oficializado (o primeiro foi o do Porto de São Sebastião).

É importante salientar que nunca houve, no Porto de Santos, acidente de grandes proporções com derramamento de óleo. Como parte da prevenção, a Codesp mantém técnicos em regime de plantão 24 horas, 365 dias por ano, além de contrato com empresa especializada para a mitigação derramamentos de líquidos e vazamentos de gases.


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