Porto de Santos conhece soluções tecnológicas no Porto de Valência
Publicado em 29.maio.2024 - 18:01
Um terço das mercadorias que transitam entre o Brasil e a Espanha passa pelo Porto de Valência
A Autoridade Portuária de Santos (APS), por meio do seu presidente, Anderson Pomini, fez contato com especialistas portuários da Fundação ValenciaPort, em Valência, Espanha, nesta quarta-feira (29/05) para buscar soluções tecnológicas para organizar o trânsito de caminhões que acessam o Porto de Santos, além de outros desafios logísticos que envolvem operadores, armadores e outros setores do maior porto do hemisfério sul.
O Porto de Valência tem mais de dois mil anos e hoje é líder na Espanha por atender uma hinterlândia que inclui a região de Madrid, a capital, e outras cidades, somando 51% da população da Espanha e 55% do PIB do país.
O complexo portuário de Valência quase 50 mil empregos. É um porto multipropósito, que responde por 70% da movimentação de contêineres da Espanha e tem uma posição estratégica privilegiada no Mediterrâneo.
Desde 2005, tem todos os serviços informatizados em uma plataforma do Programa Porto Community System, que inclui assistência no mar, no porto e em terra, resultando no envolvimento de 1,2 mil empresas, com mais de 300 mil mensagens/dia. A partir de 2017, todos os caminhões, operadores, armadores estão conectados por um aplicativo implantado pela Fundação ValenciaPort. O complexo tem, ainda, a meta de chegar a 2030 com emissão zero de carbono.
A Autoridade Portuária de Valência responde por três portos: Valência, que movimenta 68 milhões de toneladas/ano; Sagunto, com 8,96 milhões de toneladas, e Gandia, 196,8 mil toneladas.
Ligação com o Brasil
Em torno de um terço das mercadorias que transitam entre o Brasil e a Espanha passa, necessariamente, pelo Porto de Valência. Desta forma, a cidade é considerada porta de entrada e saída fundamental entre os dois países. Para o Brasil, o cais de Valência é o principal caminho para os produtos nacionais exportados, como pescados, frutas e carnes – os quais ficam na própria Europa ou são reenviados para outros locais, como o norte da África.